Jabor,
Gosto de crônicas enquanto gênero literário. Aprecio cronistas, e me admiro dos que escrevem
semanalmente, para mim, tarefa da ordem do impossível. E cronistas escrevem. Como a mulher, o/a cronista não existe, mas os cronistas; e
cada qual tem seu dia. Concordo com você em gênero número e grau, a mulher não
existe, felizmente, existem mulheres. E sou entre as mulheres.
Também acredito que não existe o homem, mas homens. Infelizmente o homem teima em existir, e isto faz a vida
dele mais sem graça. Muitas vezes, um inferno. Colocaria você no território feminino, não como veado, como
um entre os homens femininos. Poucos e bem vindos. É um elogio.
Adorei a crônica, me senti compreendida. O homem tal como se faz pregar é a forma homem branco, o
devir homem de Fèlix Guattari e Gilles Deleuse. Os dois filósofos parceiros consideravam o devir mulher muito mais
interessante; este seria devir menor. Estou com os dois, que se pretendiam devir menor; não sei
se conseguiram em suas vidas pessoais, mas sinto uma profunda gradidão por suas
contribuições.
Persigo o devir menor, estar na vida sem garantias. E gosto de ser entre as mulheres. realmente, a mulher não existe, só no plural.
Um grande abraço feliz,
Eliane Accioly
NB: um convite, clica em meus blogs, (os endereços estão no
corpo do e.mail) se tiver tempo, neste seu mundo ocupado.
Caríssima. Este enorme sexualismo onde um flâneur entre Lacan e Deleuse, ficaria abismado como levamos tempo para evoluir entre o sofrimento de subgrupos( homo, hetero, gay, bi, metro...ou o que o valha), fico contente em te ler e o devir enorme de mulher que assumes.. Um bom e carinhoso abraço.
ResponderExcluirJaime, você é um homem feminino.
ResponderExcluirWinnicott dizia que para ser analista, um homem precisa ser feminino. Olha que belo!
Grande beijo!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFazia muito tempo que não era apresentado a um elogio desta envergadura! Estou flanando de tão bobo!
ResponderExcluirBeijão e um enorme abraco!