(arquivo pessoal, acrílico, grafite e carvão sobre papel)
Médico urologista, eprincipalmente, pessoa boa, contador de histórias fazia todo mundo chorar de rir. Morava no interior, fazendeiro carregando por onde ia sua maleta de médico cuidava do que podia, febres, infecções, partos. Ficou doente do coração durante cinco ou seis anos, sabia de seu estado, e falava: "Quero morrer vivo".
Um dia antes de sua morte se despediu de mim contando histórias:
"Fiz tantas coisas nesta vida, coloquei no mundo tantos brotinhos bonitos, até você e sua Andrea".
Foi quem fez o parto no qual nasci, rescém formado, minha mãe, sua irmã, os que me receberam e rodeavam jovens cheios de esperança e sonhos. E Andrea, minha filha mais velha nasceu com ele partejando. Na véspera de sua morte estava magro, risonho e já saudoso, seus olhos brilhavam, era todo amor. Gostava dos ruídos dos bichos e coaxar dos sapos. Entre as heranças que me deixou quero para mim sua generosidade, sua vontade de ajudar, sua alegria. E certamente desejo morrer viva.
Médico urologista, eprincipalmente, pessoa boa, contador de histórias fazia todo mundo chorar de rir. Morava no interior, fazendeiro carregando por onde ia sua maleta de médico cuidava do que podia, febres, infecções, partos. Ficou doente do coração durante cinco ou seis anos, sabia de seu estado, e falava: "Quero morrer vivo".
Um dia antes de sua morte se despediu de mim contando histórias:
"Fiz tantas coisas nesta vida, coloquei no mundo tantos brotinhos bonitos, até você e sua Andrea".
Foi quem fez o parto no qual nasci, rescém formado, minha mãe, sua irmã, os que me receberam e rodeavam jovens cheios de esperança e sonhos. E Andrea, minha filha mais velha nasceu com ele partejando. Na véspera de sua morte estava magro, risonho e já saudoso, seus olhos brilhavam, era todo amor. Gostava dos ruídos dos bichos e coaxar dos sapos. Entre as heranças que me deixou quero para mim sua generosidade, sua vontade de ajudar, sua alegria. E certamente desejo morrer viva.
Que história hein Eliane?
ResponderExcluirFiquei comovida e você me fez viajar no tempo lembrando de meus "mortos", que ainda "vivem" dentro de mim.
Seu texto tem alma de artista, como você. Basta chegar ao final da leitura e saber-te eterna em teu legado.
grande beijo
Lucinha, somos feitos de memórias, não é? E não apenas as do passados, as prospectivas, veja, estou aqui com você criando memórias. Grande beijos!
ResponderExcluirOI Eliane, bom dia. É bem verdade, as memórias são tipo uma argamassa que vai empilhando nossos tijolinhos.
ExcluirSim, estamos aqui nós duas, construindo nossas memórias(mesmo que seja virtual)rs
Obrigada querida por sua visita tão gentil.
Muito prazer em conhecer a ti e a teus blogs! Qualidade na internet, é sempre o que eu busco.
beijo e tenha uma linda semana!
:)
Guimarães Rosa disse que gente que é gente não morre se encanta! Alguma coisa assim, mas o sentido é esse.
ResponderExcluirQueria ter tido um tio desses...
Abraço apertado
Mariinha
Mariinha, "Meu bem, meu bem meu mau!!!!!!!!!!!!!!! Canto esta música para meus netos. Vamos encantar, como dizia Guimarães, nosso Rosa... Amor e saudades
ResponderExcluir"Quero morrer vivo", é isso!
ResponderExcluirLinda a pintura!
beijinhos.
HUGO QUERIDO!
ResponderExcluirESTOU PARTINDO PARA TEU BLOG. E DEIXAR MENSAGEM.
Uma pequena descrição assim e dá pra ver como era inteligente e querido. Deve ter deixado uma saudade imensa..
ResponderExcluirEs toda una motivación pasar a saludarte aunque no nos veamos. Solamente se encuentran y dialogan fluidamente los textos de nuestros sentimientos.
Lo que nos une día a día sin tener en cuenta el tiempo ni la distancia que nos puedan separar, sin causarnos alejamiento alguno. Siendo una inmensa satisfacción saber que tú estas ahí y que escuchas el susurro de las palabras haciendo que sea aun más bello y poético el aliento de nuestra amistad.
Un beso hecho suspiro
Y un abrazo hecho zafiro
Con mi afecto para ti
María del Carmen
Agradeço o comentário e espero que volte mais vezes, será sempre bem vinda! Ótimo FDS
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